terça-feira, 17 de abril de 2012

Dia das mães






  


Retrato de Mãe
"Uma mulher existe que,
pela imensidão de seu amor,
tem um pouco de Deus,
e muito de anjo pela incansável solicitude dos cuidados seus;
uma mulher que, ainda jovem, tem a tranquila sabedoria de uma anciã
e, na velhice, o admirável vigor da juventude;
se de pouca instrução,
desvenda com intuição inexplicável os segredos da vida
e, se muito instruída age com a simplicidade de menina;
uma mulher que sendo pobre,
tem como recompensa a felicidade dos que ama,
e quando rica,
todos os seus tesouros daria para não sofrer no coração a dor da ingratidão;
sendo frágil, consegue reagir com a bravura de um leão;
uma mulher que, enquanto viva, não lhe damos o devido valor,
porque ao seu lado todas as dores são esquecidas;
entretanto quando morta,
daríamos tudo o que somos e tudo o que temos
para vê-la de novo ao menos por um só momento,
receber dela um só abraço,
e ouvir de seus lábios uma só palavra.
Dessa mulher não me exijas o nome,
se não quiseres que turve de lágrimas esta lembrança, porque...
já a vi passar em meu caminho.
Quando teus filhos já estiverem crescidos,
lê para eles estas palavras.
E, enquanto eles cobrem a tua face de beijos,
conta-lhes que um humilde peregrino,
em paga da hospedagem recebida,
deixou aqui para todos o esboço do retrato de sua própria mãe."

Tradução do original de D. Ramóm Angel Jara Bispo e Orador Chileno

                            

    

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrad 


 Eternamente Mãe


MÃE...
que na presença constante me ensinou
na pureza do seu coração a vislumbrar caminhos...
MÃE...

dos primeiros passos, das primeiras palavras...
MÃE...

do amor sem dimensão, de cada momento,
dos atos de cada capítulo de minha vida não ensaiados,
mas vividos em cada emoção...
MÃE...

da conversa no quintal,
do acalanto do meu sono aquecido de amor,
aninhada em seu coração...
MÃE ...

do abraço, do beijo que levo na lembrança...
MÃE...

é você que me inspira a caminhar...
MÃE...

a presença de cada passo que o tempo não apaga:
por mais longo e escuro que seja o caminho,
haverá sempre um horizonte...
MÃE...

Mulher a quem devemos a vida,
que merece o nosso respeito, nossa gratidão e nosso afeto.

Autor Desconhecido

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