DISLEXIA
A definição da dislexia para a Associação Brasileira de Dislexia,‘‘é uma
dificuldade acentuada que ocorre no processo de leitura, escrita,
soletração e ortografia.Não é uma doença, mas um distúrbio de
aprendizagem.Ela torna-se evidente na época da alfabetização, embora
mesmo com uma boa instrução, inteligência adequada, oportunidades
sócio-cultural e sem distúrbios cognitivos, quando a criança falha no
processo de aquisição da linguagem. A dislexia independe das causas
intelectuais, emocionais e culturais. É hereditária e ocorre com a maior
incidência em meninos’’.
O diagnóstico pode ser feito por meio de Exames de Imagem como:TC
(tomografia Computadorizada), RMF (Ressonância Magnética Funcional);
SPECT-(Tomografia por emissão de Fóton Único); PET: (Tomografia por
emissão de Pósitron).
Há casos de crianças que lêem e não escrevem, elas têm uma resistência
maior, sofrem amais.Existe uma corrente que hipotetiza a ortografia como
área mais prejudicada pelo disléxico e outra corrente acha que treina a
ler,isto é, a leitura é menos prejudicada e escrita é mais difícil
(gravar é mais difícil).Existe também a criança que lê muito bem mas não
compreende nada (dislexia de compreensão).
O diagnóstico da dislexia é clínico e o tratamento é educacional, o
acompanhamento deve ser diário, semanal, mensal, ensinando a criança a
ler de outra forma. A dislexia não é tratada com remédios. A compreensão
é cientifica. Tem muitos cientistas estudando.
Os tipos de dislexia: a adquirida (afasias, doenças após acidente
hemorrágico, meningite, acidente de carro, não é hereditária e a
segunda, de desenvolvimento visual (diseidética) e auditiva
(disfonética) não decodifica foneticamente, ainda a terceira que é a
junção das duas, a mista.As áreas atingidas são: linguagem oral,
processamento fonológico, memória de trabalho. Aparece muitas vezes dos 8
aos 10 meses no início da compreensão das palavras e aos 15 meses
quando adquire vocabulário expressivo.
COMO LIDAR COM UM DISLÉXICO:
Em primeiro lugar identificar os pontos fracos e as áreas geradoras de
problemas, descobrindo o estilo cognitivo predominante e realizar o
tratamento.Em segundo, utilizar material concreto, além de papel
quadriculado, fazer jogos com premiações e castigos.Utilizar rimas,
músicas e repetições, ler em voz alta, fazer com que a criança leia em
voz alta, a pratique a visualização dos problemas,use desenhos. Não
complicar visualmente. É indispensável permitir o tempo para fazer
exercícios.Usar cartões com linguagem usada na aula.Prestar atenção não
apenas no resultado, mas no processo utilizado.Observe os acertos e não
somente os erros, como o aluno chega aos resultados.
Conclui-se que existem pessoas nos dois extremos dos estilos; isto é,
muitas pessoas podem usar dois estilos ao mesmo tempo.O estilo escolhido
depende da dificuldade e tipo de questão.A estratégia compensatória
utilizada vai depender do tipo de estilo dominante.Cada estilo é ligado a
um hemisfério cerebral. Há mais minhocas que grilos.No hemisfério
esquerdo domina a maioria das pessoas. As minhocas com memória
deficiente são as que mais sofrem com a matemática.E as minhocas
utilizam o hemisfério esquerdo. Se aceitarmos as hipóteses da dominância
do hemisfério direito no cérebro disléxico, chega-se à conclusão de que
uns grandes números de disléxicos são grilos.Os grilos são prejudicados
no sistema de ensino por não documentarem seus processos, é necessário
ensiná-los isto. Alguns exercícios favorecem a um ou outro estilo.Ter um
estilo dominante não significa necessariamente que a criança tenha
sucesso no uso.
‘‘Para o disléxico o difícil é fácil e o fácil é difícil’’.
Fonte: http://www.psicopedagogia.com.br
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